Qual religião a Barbie deve seguir no mundo real?


Querida amiga, Barbie, 

Sei que a última carta foi muito longa e filosófica... Mas, fico feliz pelo seu esforço em querer lê-la. É bom para você entender que as coisas mais valiosas dessa vida real exigem esforço. 

Fiquei sabendo por uma amiga que você gostaria que eu respondesse a uma pergunta muito interessante, o que mostra que você já está realmente virando uma humana: qual religião escolher no mundo real? Fiquei curioso para saber mais os motivos por trás dessa sua pergunta. Espero uma carta sua me explicando isso.

Por agora, vou tentar refletir um pouquinho a respeito. Não prometo responder, até porque não tenho resposta para tudo.

Você acaba de pisar nesse mundo real e parece já ter notado que todas as pessoas têm alguma coisa ou entidade para chamar de deus. De fato, alguns idolatram o dinheiro, outros o trabalho, outros o poder, outros idolatram o prazer, outros a diversão... Tem também aqueles que idolatram deuses invisíveis com vários nomes.

Eu bem que poderia te vender o meu "peixe" porque professo a religião católica. De fato, os primeiros cristãos da história sofreram muita perseguição do mundo romano pagão. Nos primeiros séculos da era cristã ser cristão significava certeza de morte cruel. Um dia te conto com mais detalhes. E os cristãos usavam o símbolo do peixe para se comunicar entre si. É que a palavra peixe, em grego, forma um acrônimo interessante para os cristãos: Jesus Cristo filho de Deus Salvador. E eles desenhavam nas portas de onde se reuniam escondidos.

Voltando à sua pergunta. Bem, em primeiro lugar, eu te convidaria a dar uma volta por esse mundo. Veja a beleza das cores. Olhe para o céu num dia qualquer. Observe a quantidade de tons a depender do horário. Veja o sol nascer e se pôr. Caminhe pelos bosques. Cheire as flores. Contemple como esse mundo é mais perfeito do que um relógio suíço. Estações do ano, Clima... note que tudo está em ordem.

Veja também os animais. Cada um tem o seu instinto particular. Olhe para um João de Barro e a sua casinha de barro. Veja um castor construir uma represa num pequeno riacho. Veja como o Salmão viaja quilômetros de distância para desovar sempre no mesmo lugar. Quem colocou essas normas instintivas nesses animais?

Diante desse mundo, Barbie, eu te pergunto: você acha que isso apareceu aqui por acaso ou há uma possibilidade de que tudo isso tenha sido criado por alguém? 

Eu sempre me pergunto: será que bilhões de anos de evolução poderiam fazer com que uma pedra evoluísse numa Ferrari? Ou é lógico e razoável pensar que por trás de uma Ferrari existe uma mente inteligente? Não parece razoável concluir que por trás do nosso planeta azul teve uma mente criadora?

Você verá que existe uma discussão mais filosófica por aí, entre criacionistas e evolucionistas. Eu não quero entrar nessa discussão agora porque o tempo é curto. Eu sou da ideia de que uma teoria não nega a outra, mas te explico isso numa outra hora.

Bom, eu partiria daí, Barbie, para escolher a religião à qual seguir. Contemple tudo ao seu redor. E depois contemple a obra prima de tudo: o ser humano. O mundo e o universo parecem ter sido criados para o ser humano. E esse ser humano, diferente de todos os outros animais do planeta, é o único que tem a capacidade de conhecer o seu criador. 

E, ao contemplar o ser humano, veja que ele é também o único animal que tem duas capacidades únicas: inteligência e liberdade. Mas, isso será tema de outra carta, senão você vai me dizer de novo que essa carta ficou chata e longa... hehehe...

Espero que eu tenha esclarecido algo mais. Andar pelo mundo, Barbie, é um dom enorme, mas andar pelo mundo sabendo que essa vida é só o começo de uma vida interminável e eterna pode fazer toda a diferença em sua existência terrena. 

Thácio Siqueira


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